Veterocatólico

*Igreja veterocatólica* A Igreja veterocatólica ou “Igreja católica-cristã“ é uma comunhão de Igrejas de tradição episcopal, com mais de 500.000 fiéis, que desde 1889 formam a União de Utrecht *4*. A recusa por parte de muitos cristãos do dogma da infalibilidade papal [ Concílio Vaticano I, 1870] levou várias comunidades centro-européias a se unir a uma pequena Igreja católica existente em Utrecht [ Halanda], chamada de “ velhos católicos“ e separada de Roma por rejeitar a bula papal Unigenitus de 1713. Essa Igreja holandesa manteve sempre a sucessão apostólica através dos jansenistas franceses. Portanto, quando surgiram - em virtude de sua oposição ao Vaticano I -, as novas comunidades de suíços, alemães e austríacos encontraram nessa pequena Igreja da Holanda o respaldado episcopal para sentir-se em comunhão com a Igreja de sempre e rechaçar as “ inovações“ da Igreja de Roma. À União de Utrecht vinculou-se depois a “Igreja Nacional Polonesa“ dos Estados Unidos embora agora não a Igreja Nacional Polonesa não esteja mais na união de Utrecht. A “Igreja Veterocatólica“ reconheceu a validade das ordenações anglicanas em 1925 e desde 1932 mantém total inter-comunhão com as Igrejas anglicanas. Essa pequena Igreja tem cerca de 13 bispos, 450 sacerdotes e por volta de 600 comunidades locais, que se sentem dentro da sucessão apostólica. Membro fundador do Conselho Ecumênico das Igrejas, ela mantém diálogo doutrinal com a ortodoxia e com o católicismo romano, sobretudo a partir da declaração do cardeal Alfrink, que afirmou em 1966 que a condenação pontifícia do jansenismo não recai sobre os “velhos católicos“. Essa Igreja encontra-se no âmbito da grande “tradição católica“, aceita todos os concílios ecumênicos da Igreja antiga, e sua base doutrinal está contida na Declaração de Utrecht de 1889. *.* *Características* - Os “veterocatólicos“ distinguem-se por sua veneração à tradição antiga da Igreja, que salvaguarda a Sagrada Escritura de ulteriores tradições humanas. A recusa da infalibilidade papal tem aí sua razão de ser. - Em mariologia, há um repúdio total dos dogmas da Imaculada Conceição e da Assunção corporal de Maria aos céus. Esta última é, contudo, venerada em dias especiais segundo a liturgia antiga, assim como os Santos. Evitam falar de culto aos Santo e preferem falar de veneração. - É aceita o tríplice ministério do episcopado, presbiterado e diaconado, O celibato obrigatório para os sacerdotes foi abolido no início do século XX, assim como o episcopado monárquico. Embora haja um reconhecimento explícito do primado de Pedro, não se admite uma sucessão direta do ministério petrino. - São aceitos os sete sacramentos, três dos quais possuem caráter indelével. O batismo pode ser administrado por imersão, infusão ou aspersão. A confissão auricular deixou de ser praticada; a eucaristia é celebrada na língua vernácula desde a fundação dessa pequena Igreja, e a comunhão é distribuída sempre sob as duas espécies. *FONTE*: K Algermissem, Iglesia Católica y Confesiones Cristianas, Rialp, Madri, 1964, pp. 1.081-1.109.

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